quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

ESPAÇO DOS ESTUDANTES

O piso do museu é por definição, o espaço dos estudantes. Por definição, pois dentro do conjunto arquitetônico que representa o edifício da FAU, é aquele o espaço destinado as atividades estudantis que extravasam o momento na sala de aula. Um contrabalanço acadêmico transposto na forma do programa de uso do edifício.

Hoje o espaço está esvaziado, loteado e mal administrado devido a uma soma de omissões diante do grande problema que representa a administração de um espaço público.

Mas é justamente esse exercício tão árduo, que deve ser ensaiado por nós estudantes. A entrada de um novo grêmio, uma nova atlética em confronto com todas as questões burocráticas que despontaram neste ano, aponta para uma perspectiva de repensar a ocupação daquele espaço, que nos serve como uma ferramenta, uma base material para as atividades extra-aula.

O gfau tem uma força representativa muito importante diante dos órgãos da Universidade e da diretoria. Essa responsabilidade deve ser embasada pelos estudantes organizados, nossa voz só será ouvida quando organizados.

Nesse sentido o grêmio é um concentrador de atividades, é por ele que passam os repiauers, as exposições, o uso do museu, atividades dos estudantes em geral que sejam coletivizadas através desse espaço. A apropriação cotidiana desse local é pressuposta e não impede a coexistência de várias atividades, sejam elas do grêmio, da atlética, o importante é que sejam dos estudantes.

Para isso ter um respaldo, são nas organizações internas à faculdade que se coloca essa organização também, ou seja, o trabalho dos RD’s (representantes discentes), junto à Congregação, CTA, CG, servem justamente para colocar o uso daquele espaço da faculdade para a diretoria e para os professores, buscando um diálogo.

Sabendo que todo esse cenário está dominado pelo democratismo e corporativismo inerente a burocracia da universidade, a postura do gfau se coloca como resistência. Os professores devem ser articulados, assim como os alunos, para viabilizar o uso, e não só isso, para ocupar o espaço de forma concreta: repiauers, festas, oficinas, debates.

No que diz respeito as atividades dentro do espaço dos estudantes, as questões que estão colocadas em jogo são: organização do uso de todos os computadores, divisão do espaço em salas de trabalho e salas de reunião, reorganização dos armários para abrigar todo o material necessário (mapoteca, baterias, maracatu, corrente, publicações, materiais esportivos), criação de um espaço adequado para armazenagem de alimentos (salgadinhos, doces, cerveja, bebidas), organização do espaço administrativo (arquivo, mesa da Rosie), e controle de uso dos equipamentos (telefone, som, projetores, computadores).

Todos esses itens são passíveis de serem solucionados. Uma questão arquitetônica e programática.

Por isso, o gfau chama todos os estudantes para discutir e projetar o espaço administrativo de ambas as organizações.

Danilo Hideki

Um comentário:

Martin disse...

Um contrabalanço acadêmico transposto na forma do programa de uso do edifício. Parece-me uma informação muito importante, especialmente para os estudantes. Daniel hideki muito obrigado, sua entrada é muito valiosa.